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Como Luiza Trajano esperar ajudar a vacinar o Brasil e 'turbinar' o SUS


Na tentativa de acelerar a vacinação contra a Covid-19, a empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do grupo Mulheres do Brasil, lançou o Unidos pela Vacina, movimento da sociedade civil que tem como objetivo vacinar em parceria com o SUS (Sistema Único de Saúde) todos os brasileiros até setembro de 2021.


Para alcançar a ambiciosa meta, o projeto trabalha em duas frentes: a primeira em incentivar, com aportes financeiros, a compra de vacinas por meio do governo federal e a segunda através do “apadrinhamento de municípios”. De acordo com o sistema de saúde no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável pela autorização da comercialização das vacinas e as prefeituras, através do Programa Nacional de Imunização (PNI), pela sua aplicação.


O movimento realizou uma pesquisa com todas as cidades do Brasil para mapear as fragilidades e necessidades específicas de cada um dos mais de 5 mil municípios em relação à vacinação, como compra de refrigeradores ou implantação de wifi, por exemplo. A inciativa é uma maneira de “turbinar” a estrutura do SUS.


E não foi apenas na vacinação que Luiza Helena Trajano quis colocar a mão na massa durante a pandemia. A presidente do conselho de administração do Magazine Luiza não apenas evitou demissões durante a pandemia como conseguiu crescimento significativo.

Desde abril do ano passado, as vendas totais do Magazine Luiza cresceram 66% no período, alcançando R$ 14,9 bilhões. Isso se deu graças ao salto de 120,7% de vendas no e-commerce, que representou 63,8% do total.


Dez empresas (a maioria startups de comércio eletrônico, mas supermercados e cursos profissionalizantes também incluem a lista de compras) foram absorvidas à loja. A soma dessa equação resultou lucro líquido ajustado de R$232 milhões e na valorização das ações em 110% em 2020.


Falamos com Luiza Helena Trajano sobre a pandemia, vacinação e empresariado.


O que é o Unidos pela Vacina?

Luiza Helena Trajano: O Unidos pela Vacina é um movimento do Mulheres do Brasil. Em janeiro nós falamos: “puxa, um grupo tão forte não pode se omitir”. A gente já sabia o que era o SUS e que ele é o melhor sistema de saúde do mundo -principalmente num país que tem a desigualdade social que nós temos. Estudamos bastante e formamos algumas premissas: não iríamos apontar culpados, nem iríamos comercializar a vacina. Dividimos em dois polos: o primeiro é junto ao Ministério da Saúde, em trazer vacina. Dinheiro eles têm, mas precisamos ajudar a trazer vacina não só através do Butantan, da Fiocruz, mas buscar vacina no mundo para poder ajudar. Então, estamos juntos aqui. O outro é através das prefeituras. De acordo com SUS, quem vacina são as prefeituras. O governo federal compra, o governo estadual distribui e a prefeitura vacina. De cara fizemos um questionário para os 5.527 municípios perguntando o que eles precisavam, quando nós tivéssemos mais vacinas, pra vacinar mais rápido. Saiu coisa muito interessante, desde crachá a mão de obra, caixa térmica especial a câmera frigorífica especial... A gente tem uma área de conexão onde pegamos todos os doadores e conectamos com as cidades. Não é que eles apenas irão dar dinheiro, eles têm de ir lá para poder entregar o que elas precisam no prazo mais rápido.


Qual esse prazo?

Luiza Helena Trajano: A gente colocou até 30 de maio. Eu acho que quando tiver mais vacina, que eu acredito que vai ser a partir de junho, conseguiremos adiantar bastante a vacinação. A gente fez um piloto em Nova Lima, no Rio de Janeiro, em Cassia, uma cidade pequenininha e estamos fazendo em outras no Sertão. Nós tivemos doadores como a Natura, Movida e Droga Raia que estão pegando regiões inteiras para ajudar. Imagina o legado que nós vamos deixar em transformar o SUS. A gente tem três auditorias, uma consultoria nos ajudando, além de uma empresa de compliance. Não passa dinheiro pelo nosso movimento, nem doação: vai direto pra o município apadrinhado. A gente só indica o que doar, o que precisa doar e eles vão lá e assume.


Quantas pessoas aderiram ao movimento?

Luiza Helena Trajano: Hoje nós estamos com mais de três mil empresas de tudo, instituições, organizações, maçonaria, Lions, Sociedade Civil, um monte de gente trabalhando dia e noite com objetivo de vacinar 60%, 70% dos que são vacináveis até setembro.


Fonte: Redação Finanças / Yahoo

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