top of page
tarja_branca.jpg

Bolsonaro demonstra resistĂȘncia em indicar TarcĂ­sio e preocupa partidos

  • Foto do escritor: Da redação
    Da redação
  • hĂĄ 15 minutos
  • 3 min de leitura


Jair Bolsonaro (PL) tem demonstrado a aliados resistĂȘncia em indicar o governador de SĂŁo Paulo, TarcĂ­sio de Freitas (Republicanos), como sucessor ao PalĂĄcio do Planalto em 2026.


Uma ala de aliados do ex-presidente tem reforçado críticas ao governador e, segundo interlocutores dos dois lados, isso tem contaminado Bolsonaro. Hå uma irritação com movimentos para tentar emplacar o nome de Tarcísio para a corrida presidencial ou mesmo com a discussão sobre uma candidatura de direita agora.


O ex-presidente se queixou a aliados de que seu ex-ministro não estaria demonstrando solidariedade o suficiente, segundo esses relatos. Também apontam que as pontes que o governador tem com o STF (Supremo Tribunal Federal) não se traduzem em alívio para o seu grupo político.


Nesse cenĂĄrio, Bolsonaro tem sinalizado preferĂȘncia por indicar alguĂ©m do seu clĂŁ. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro Ă© hoje a mais citada —ainda que uma parte de seus aliados veja com desconfiança esse cenĂĄrio. O seu filho Eduardo (PL), ainda nos EUA, tambĂ©m Ă© apontado como possĂ­vel sucessor.


Publicamente e reservadamente, o ex-presidente mantém o discurso de que é ele o candidato. Em entrevista à Folha no final de março, disse que registrarå sua candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apesar de estar inelegível.


Lideranças de partidos de centro se dizem preocupadas com esse cenĂĄrio em que ele insistirĂĄ em seu nome atĂ© o Ășltimo momento para possivelmente indicar alguĂ©m de seu clĂŁ para a cabeça da chapa.


A preferĂȘncia desses polĂ­ticos hoje Ă© pelo nome de TarcĂ­sio, ainda que alguns digam que estarĂŁo ao lado de Bolsonaro independentemente da escolha.


Uma ala desses dirigentes de centro ameaça não integrar a campanha de direita em 2026 e apoiar a reeleição de Lula (PT) caso a opção seja por Eduardo ou Michelle.


A preocupação de aliados com a insistĂȘncia do ex-presidente em se colocar como candidato ao Planalto se dĂĄ desde fevereiro deste ano, como noticiou a Folha. Por um lado, ela pode dificultar uma vitĂłria da direita, por encurtar o tempo de campanha. Por outro, pode dificultar a organização das chapas nos estados.


Havia uma expectativa de que, com o avanço do julgamento do caso da tentativa de golpe de Estado de 2022, pudesse haver uma sinalização, ainda que nos bastidores, de que Bolsonaro pretende investir em uma outra candidatura —o que não ocorreu.

Para o ex-presidente, manter seu capital político é um trunfo enquanto busca se defender do que chama de perseguição política no STF.


O governador de São Paulo tem insistido que não tem interesse em disputar o Palåcio do Planalto e que quer se reeleger ao Bandeirantes. Além disso, tem negado convites para participar de eventos em Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e outros estados.

Por trås dessa postura, estå a preocupação de Tarcísio em reforçar sua lealdade ao ex-presidente. Ele afirma que apoiarå quem Bolsonaro escolher ao cargo.


Seus aliados negam que haja falta de solidariedade ou estremecimento na relação. Citam que o governador aceitou sem titubear ser testemunha de defesa na acusação de tentativa de golpe e pediu assinaturas ao requerimento de urgĂȘncia do projeto de anistia pelo 8 de Janeiro.


Eles dizem ainda que o entorno de Bolsonaro, que convive mais no dia a dia com ele, sempre teve críticas ao ex-ministro de Infraestrutura, mas que isso não define a relação entre os dois —que estaria em bons termos.


Em 2022, antes mesmo da declaração de inelegibilidade, jå havia uma ala de bolsonaristas mais próximos do ex-presidente que desconfiava de Tarcísio e achava que seu plano era tentar o Planalto em 2026.


Com a proximidade do calendĂĄrio eleitoral e a incerteza do cenĂĄrio, aumenta o clima de tensĂŁo no centro e na direita. Todos permanecem em compasso de espera, aguardando Bolsonaro se definir sobre o futuro.


Hå um entendimento geral de que uma candidatura de direita, sem o apoio do ex-presidente, não vai prosperar. Por outro lado, uma candidatura com apoio de Bolsonaro, mas rejeição no resto do mundo político, deve encontrar dificuldades e corre o risco de perder para Lula (PT).


O futuro do ex-presidente também depende de quem ele apontar como sucessor, de quem espera garantia de lealdade. Em entrevista ao UOL, cobrou governadores de direita a questionarem publicamente as decisÔes que resultaram em sua inelegibilidade.


A fala foi feita quando ele mencionou as articulaçÔes do ex-presidente Michel Temer (MDB) por uma candidatura Ășnica do centro e da direita para a PresidĂȘncia.


“NĂŁo Ă© estratĂ©gia polĂ­tica, vou atĂ© o Ășltimo segundo [para se candidatar Ă  PresidĂȘncia em 2026]. Michel Temer atĂ© entrou nessa questĂŁo
 É direito do Michel Temer, ninguĂ©m que entrou na politica esquece
 Mas gostaria, nĂŁo posso obrigar, que os governadores falassem: ‘Bolsonaro estĂĄ inelegĂ­vel por quĂȘ? Essas acusaçÔes valem?”, afirmou.


Julia Chaib e Marianna Holanda/Folhapress

 
 
 
Jornal Classe A LTDA ME
Av. Tancredo Neves, 1016 - Aroldo da Cruz 
    CEP: 47850-000 / Luís Eduardo Magalhães-BA
jornalclassea@yahoo.com.br

77 9 9810-9991

© 2003 a 2025 por jornalclassea

bottom of page