O sentimento de gratidão talvez seja um dos mais nobres da natureza humana. Aflorado geralmente em momentos de alegria e empatia, o reconhecimento é digno dos que buscam e pregam o bem, independente de momento e situação. Agradar é dar prazer e contentamento, muitas vezes momentâneo e individual, beneficiando mais o ego, em detrimento da bondade. Fazer o bem sem olhar a quem e não esperar nada em troca é uma atitude dos fortes, dos que buscam a felicidade plena não apenas para si, mas para o coletivo, mesmo que para isso seja preciso enfrentar a maldade intrínseca dos que pregam a tirania e o desamor. O olhar não deve ser direcionado apenas para ‘umbigos’. Não basta conhecer, é necessário entender as situações para não incorrer no erro do ‘juízo de valor’, aquele baseado no ponto de vista pessoal, a partir de um conjunto particular de valores. Julgar tem sido mais fácil que compreender, alimentando o ódio e a discórdia entre os semelhantes, independente dos ambientes onde estes estão inseridos. Infelizmente o respeito está indo para a ‘cucuia’. O mundo está vivendo momentos sombrios e de incertezas baseados em comportamentos falsos e moralistas, com objetivos claros de disputa de poder para proveitos próprios e de grupos que buscam implantar o que acreditam ser a verdade absoluta, desrespeitando opiniões contrárias ao que pregam. Nunca a blasfêmia e a mentira estiveram tão próximas. A religião e os valores morais têm sido utilizados irresponsavelmente como ‘panos de fundo’ por pseudo-paladinos da ética e da moralidade. O mundo vive uma onda de fake news (notícias falsas), com distribuição deliberada de desinformação e boatos via jornal impresso, televisão, rádio e online, através das mídias sociais. A mentira é aquilo que engana e não corresponde à verdade e entre seus sinônimos estão: engano, falsidade, fraude, embuste, embustice, impostura, farsa, trapaça, lorota, balela, invencionice, invenção, inverdade, novela, calúnia, pretexto, embromação e outros. Se intimidar com os que vociferam é demonstração de fraqueza. Acreditar no vociferador, idem. Forte é o povo! Por Gervásio Lima Jornalista e historiador