De acordo com o ditado popular do brasileiro, o ano só começa após o Carnaval, mas, para alguns segmentos de negócios, o reinado de Momo é uma grande oportunidade de trabalho e rentabilidade. Pensando nisso, o Sebrae e a Prefeitura de Barreiras, no Oeste da Bahia, firmaram uma parceria que proporcionará aos empreendedores do município que irão trabalhar durante a festa a oportunidade de adquirir conhecimentos para atuação nos cinco dias de folia. A programação das capacitações contará com três dias de workshops com os temas “Qualidade no atendimento ao turista” no dia 30 de janeiro, “Controles Financeiros”, no dia 31, e “Noções Básicas na Manipulação e acondicionamento de alimentos” no dia 1º de fevereiro. O evento acontecerá na Casa da Cultura, que fica na Praça Landulfo Alves, 48, Centro, sempre das 19h às 22h. As inscrições já podem ser feitas na Secretaria de Agricultura, que fica no Parque de Exposições Engenheiro Geraldo Rocha.
O gerente Regional do Sebrae em Barreiras, Emerson Cardoso, destaca que o evento aquece o comércio local e descortina uma série de oportunidades para as empresas do trade turístico e potenciais empreendedores. "Quanto mais acesso a informação e conhecimento, maior a possibilidade de sucesso. Fechamos essa parceria com a prefeitura a fim de qualificar os ambulantes, Microempreendedores Individuais (MEI) e Microempresas (ME) que trabalharão nas principais avenidas, durante o carnaval”, pontuou Emerson. Ainda segundo o gerente, a ação contribui para que os visitantes da cidade e foliões recebam um atendimento mais profissional e diferenciado. Para o membro da Comissão Permanente de Eventos da Prefeitura, Rider Castro, essa parceria é importante para o comércio. “A gente entende que as atividades empresarias são dinâmicas e que muitos comerciantes precisam se preparar para atender os consumidores neste período de modo diferenciado, como substituir os materiais perfuro cortantes por descartáveis e não utilizar embalagens de vidro”, destacou. Programação do Carnaval O carnaval de Barreiras acontece de 9 a 13 de fevereiro e vai contar com uma programação extensa: o circuito Agnaldo Pereira abrigará trios elétricos, grandes blocos e camarotes. No Centro Histórico, o circuito Zé de Hermes terá carnaval cultural e blocos tradicionais. No balneário Três Bocas, será instalado o circuito Rio de Ondas. Araketu, Armandinho, Daniela Mercury e Margareth Menezes são algumas das atrações já anunciadas para a folia de Momo. Para o prefeito da cidade, Zito Barbosa, o setor turístico vai ajudar a movimentar ainda mais a economia local. “Vamos receber turistas que poderão optar pela avenida ou se divertir no carnaval cultural, além, é claro, do carnaval durante o dia, nas margens do Rio de Ondas. Por isso a parceria com o Sebrae é muito importante para profissionalizar e melhorar a prestação dos nossos serviços”, finalizou. A cadeia produtiva da folia Na fase de preparação do Carnaval, há oportunidades para artistas; produtores e gestores culturais; designers, arquitetos, engenheiros; e produtores e fornecedores de fantasias, abadás, adereços, enfeites, máscaras e complementos; aluguel de palcos e estruturas, cantor independente, maquiador, ambulantes de alimentação, barraqueiro, marmiteiro, customizador de roupas, costureira, fabricação de calçados e artesão em gesso. Também entram a indústria e o comércio e insumos e componentes para a fabricação de fantasias, decoração de espaços; a indústria e o comércio de instrumentos musicais; a montagem de palcos e estruturas; a moldagem em fibra de vidro e materiais plásticos; e os serviços de comunicação. Lucram também com a festa, devido ao crescimento do movimento de pessoas e da demanda de produtores da festa, a indústria, o comércio e os serviços de bebidas e alimentos; os serviços de transportes; hotelaria e hospedagem informal; higiene e beleza, academias de ginástica, cursos de dança e percussão; a indústria química (que produz insumos para embalagens e confecção de máscaras, etc); a indústria metalúrgica, que produz latinhas de bebidas e estruturas metálicas para a montagem de palcos, por exemplo; e os serviços de segurança e apoio, como empresas de limpeza e carregadores.
Por último, estão os segmentos do “não Carnaval”, ou seja, aqueles que lucram com as pessoas que querem fazer programas alternativos às festas do período. Entre eles estão as pousadas e hotéis longe do agito, os retiros espirituais e até as jornadas de autoconhecimento, além da programação cultural cotidiana das cidades, como cinema, teatro e shows.