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Parque Vida Cerrado: Projeto de reabilitação de lobos-guará no Oeste baiano realiza mais uma soltura em vida livre

A soltura da lobo-guará Jurema ao seu habitat ocorreu no dia 4 de abril. Com essa ação, o projeto em parceria com o agro – que está em sua segunda edição e iniciou em 2020 – contabiliza a sua terceira reabilitação bem-sucedida

O Parque Vida Cerrado - primeiro e único centro de conservação da biodiversidade, pesquisa e educação socioambiental da região, idealizado pela Galvani Fertilizantes, promoveu, com o apoio de parceiros, mais uma importante etapa do projeto que está em sua segunda edição: a soltura da lobo-guará Jurema à natureza. A ação, realizada nos dias 3 e 4 de abril, reforça os esforços para conservação da espécie e reafirma o êxito do programa, que associa propostas de conservação do Cerrado a uma agricultura responsável e engajada. O Parque é responsável pela execução do protocolo de reabilitação e soltura de lobos-guará em vida livre no Oeste da Bahia, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).


A bióloga e coordenadora do Parque, Gabrielle Bes da Rosa, explica que o momento é extrema importância para o manejo e a conservação da espécie, que está ameaçada de extinção na região. “Esta é a nossa terceira experiência. Em 2021, reabilitamos e soltamos os primeiros animais (Caliandra e Baru). Em abril do ano passado, renovamos o contrato para realização da segunda edição do projeto, iniciando ali a transferência da Jurema para o recinto de reabilitação. Um ano depois, ela está apta para ser devolvida à natureza: expressa comportamentos de forrageamento, caça e demarcação de território - característicos da espécie. Temos certeza de que essa soltura será novamente um sucesso, assim como foi com a Caliandra, que permanece em vida livre e já se reproduziu”, destaca. 


Ainda de acordo com Rosa, todo esse aprendizado e experiência são de grande importância, pois os resultados gerados vão se somar a outras iniciativas e tornar o protocolo uma referência para todas as regiões de ocorrência da espécie e beneficiar outros canídeos silvestres. “É importante lembrar que tal protocolo é urgente e beneficiará não apenas um animal, mas toda a espécie que, inclusive, está ameaçada de extinção em nossa região”, reforça.


Para o porta-voz das patrocinadoras oficiais do projeto (Sementes Oilema, Irmãos Gatto Agro e Condomínio Agrícola Santa Carmem), Celito Missio, o projeto demonstra o comprometimento do agronegócio com a sustentabilidade ambiental. “Estamos imensamente honrados por abrigar o recinto e participar da realização desse protocolo inédito e de grande importância que beneficiará toda uma cadeia, possibilitando que animais possam ser devolvidos para a natureza. Da nossa parte temos aprendido muito a olhar a nossa cadeia produtiva e como podemos ter processos mais justos com a fauna local. O agronegócio tem consciência de sua responsabilidade e nesse projeto nós demonstramos que é possível produzir com sustentabilidade, mantendo-se um ambiente favorável à fauna e flora do bioma, deixando um legado para as futuras gerações”, avalia. 


O processo de reabilitação


O processo para reabilitação inicia-se com a chegada do lobo-guará às dependências do criadouro conservacionista do Parque Vida Cerrado e tem continuidade com a transferência para o recinto de reabilitação em Área de Preservação Permanente (APP) da propriedade rural parceira do projeto (Irmãos Gatto Agro, em Barreiras). Neste local, o animal permanece pelo período de, no mínimo, dez meses, com disponibilização de abrigo e oferta diária de água e alimentação. Além disso, o recinto conta com condições adequadas para propiciar uma transição bem-sucedida. Com 3 mil m², o recinto de treinamento está totalmente imerso no Cerrado e permite que o animal esteja em contato com a realidade que vai encontrar. A propriedade escolhida é referência na adoção de diversas práticas sustentáveis e dispõe de árvores e arbustos com frutas da região que estão entre as preferidas dos lobos-guará, bem como paisagem característica com a presença de presas naturais, como pequenos mamíferos, aves, lagartos e anfíbios. 


Nesse local, o animal é monitorado por câmeras trap para avaliar a evolução comportamental, com especial atenção ao aprimoramento das técnicas de captura. Além disso, o isolamento do recinto permitiu a diminuição do imprinting à presença humana, o ajuste ao horário de atividade e o reconhecimento dos demais animais de vida livre presentes na região. Por se tratar de uma espécie territorialista, esse processo busca minimizar os possíveis conflitos. A soltura para a vida livre ocorre de forma gradativa, até que se perceba a total independência do recinto, que permanecerá aberto nos primeiros dias, garantindo o sucesso adaptativo da soltura.


O Projeto


Realizado pelo Parque Vida Cerrado, o projeto de reabilitação de filhotes de lobos-guará para vida livre no Cerrado do Oeste baiano teve início em 2020, com apoio das empresas Sementes Oilema, Irmãos Gatto Agro, Condomínio Agrícola Santa Carmem e Galvani Fertilizantes, após tratativas entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), para receber três filhotes órfãos de lobos-guará (Caliandra, Seriguela e Baru) e conduzir o desenvolvimento de um protocolo para reabilitação e posterior soltura dos animais no meio ambiente. Na sua segunda edição, o projeto alcançou a marca de sua terceira reabilitação e soltura, contando ainda com o valioso apoio técnico e científico do ICMBio/CENAP. 


O Parque Vida Cerrado


Fundado em 2006, como resultado de uma iniciativa da Galvani Fertilizantes – sua principal mantenedora, o Parque Vida Cerrado mantém um Centro de Excelência em Restauração com ampla expertise no bioma Cerrado, um núcleo para realização de projetos e atividades socioambientais e um criadouro científico para fins de conservação de animais silvestres. Em 18 anos de atuação, distribuiu milhares de mudas para reflorestamento urbano e rural, capacitou centenas de coletores de sementes nos assentamentos, envolveu mais de 30 mil pessoas em suas ações e reproduziu, com sucesso, mais de 40 animais silvestres.


Sobre a Galvani

Empresa 100% brasileira que atua no setor de fertilizantes desde a década de 1960. É líder em produção e distribuição de fertilizantes fosfatados no Matopiba, região agrícola que compreende os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Possui unidades de mineração e beneficiamento em Angico dos Dias e Irecê, um complexo industrial em Luís Eduardo Magalhães, todos na Bahia, e escritórios corporativos em Campinas (SP) e na capital paulista.


Sobre a OILEMA

A Oilema Comércio de Sementes LTDA é uma empresa brasileira que atua no ramo de comercialização de sementes de soja e sorgo. Fundada em 1998, a empresa se destaca no mercado pela qualidade dos seus produtos e pelo compromisso com a inovação e sustentabilidade. Seu foco principal é fornecer sementes de alta qualidade para agricultores e empresas do setor agrícola, contribuindo para o desenvolvimento da agricultura no Brasil. Além disso, a empresa busca constantemente expandir sua atuação e investir em tecnologias que promovam a produtividade e a eficiência no campo.

Fonte:Foto: Rogério Cunha de Paula/Assessoria de imprensa / Heloíse Steffens

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