No último dia 13, o Veja Política publicou uma matéria divulgando o contrato de compra de máscaras respiratórias realizado pela prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, em março deste ano. De acordo com o contrato, o contribuinte pagou R$ 33,50 a unidade do modelo PFF2 N95.
Na mesma semana, a Prefeitura publicou uma Nota esclarecendo que o valor pago pelo produto era justificável pelo período em que ocorreu a compra.
Após pesquisas realizadas encontramos uma nota fiscal emitida pela JNI Medicamentos e Hospitalares Eireli, mesma que vendeu para Luís Eduardo, no mês de maio de 2020. Período em que a prefeitura luiseduardense atribui a falta de produtos e alta dos preços de insumos no combate ao COVID19.
A nota se referia a uma venda de 500 unidades do mesmo modelo da máscara comprada para a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães. A diferença estava no valor pago pela Secretaria de Saúde do município de Vila Rica, Mato Grosso do Sul: apenas R$ 13,95 a unidade da máscara PFF2 N95.
Enquanto Luís Eduardo Magalhães pagou R$ 33,50 a Prefeitura de Vila Rica adquiriu as mesmas máscaras por R$ 13,95 cada. O município mato-grossense pagou por 500 unidades apenas R$ 6.975,00 conforme a nota fiscal e comprovante de pagamento anexo.
A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, que pagou R$ 19,55 a mais por cada máscara adquirida, desembolsando cerca de R$ 39.100,00 a mais pelo mesmo produto, para a mesma empresa e no mesmo período.
Outro fato curioso é a diferença nos prazos entre solicitação, empenho e pagamento de ambas as prefeituras. A Prefeitura de Vila Rica empenhou o pedido no dia 20 de maio, no dia 25 a empresa emitiu a nota fiscal, no dia 29 a Secretaria de Finanças emitiu a nota de liquidação e no dia 04 de junho o pagamento foi efetuado, ou seja, quinze dias entre a compra e o pagamento.
Em Luís Eduardo Magalhães, foram necessárias apenas 24 horas para que todo o processo de solicitação, empenho, liquidação e pagamento fossem concluídos.
A empresa fornecedora
Vale lembrar que a empresa fornecedora, a JNI Medicamentos e Hospitalares Eireli, funciona em uma pequena cidade próxima a Goiânia, possui um espaço físico de aproximadamente 150 metros quadrados e exerce outras 25 atividades secundarias, como consta em seu cartão de CNPJ.
Dentre outras, algumas atividades se destacam, como a venda de leite, colchões, produtos eletrodomésticos, elétricos, eletrônicos, informática, venda de gás, móveis, perfumaria, medicamentos, produtos ortopédicos, produtos odontológicos e aluguel de equipamentos científicos.
Fonte: Visão Política
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