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By Debora Álvares Chefe da Secom se negou a fazer

Fabio Wajngarten se negou a realizar exame para coronavírus nos EUA


O secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, que testou positivo para coronavírus nesta quinta-feira (12), recusou-se a realizar exames enquanto ainda estava nos Estados Unidos, apurou o HuffPost Brasil com fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto. Ele acompanhou a comitiva presidencial entre sábado (7) e terça-feira (10).


Wajngarten possivelmente viajou para os EUA contaminado pelo vírus e, na viagem, já apresentava sintomas. Lá, o chefe da Secom teve contato com integrantes do governo americano, inclusive com o presidente Donald Trump.


Questionada sobre essas informações de Wajngarten, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República não se manifestou até a publicação desta reportagem.


Por conta do resultado positivo de Wajngarten, todos os membros do governo que também viajaram com o presidente Jair Bolsonaro aos EUA estão sendo monitorados e passam por exames. O presidente foi submetido a testes ainda nesta quinta, mas até o horário de sua live semanal, 19h, o resultado ainda não havia saído.


“Tem órgãos de imprensa dizendo que deu negativo. Tomara que esta fake news seja verdadeira”, afirmou ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Ambos e também a tradutora de libras que sempre está nas lives estavam usando máscaras.


Bolsonaro disse que se sente bem — o que também já havia sido ressaltado pelo filho Eduardo Bolsonaro, que também o acompanhou na viagem.



Em nota, a Casa Branca disse que Trump e o vice-presidente Mike Pence “quase não tiveram interação” com o secretário de Comunicação brasileiro.


O prefeito de Miami, Francis Suarez, decidiu entrar em quarentena por conta própria após se encontrar com a comitiva brasileira, embora sem apresentar nenhum sintoma. Apenas uma medida de precaução, de acordo com ele.


Além de Wajngarten, integraram a comitiva presidencial a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Ernesto Araújo (Itamaraty), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), além do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Também viajaram os senadores Nelsinho Trad (PTB-MS) e Jorginho Mello (PL-SC) e o deputado Daniel Freitas (PSL-SC).


Compuseram a comitiva ainda o assessor especial Filipe Martins, o presidente da Embratur, Gilson Machado, o secretário especial de Pesca, Jorge Seif Jr, e o presidente da Apex Brasil, Sergio Segóvia.


Após a notícia da confirmação de que o secretário de Comunicação da Presidência foi infectado pelo coronavírus, o Palácio do Planalto soltou uma nota em que destaca estar adotando “as medidas preventivas necessárias para preservar a saúde do presidente da República e de toda a comitiva presidencial que o acompanhou” aos EUA.


Apesar da alta capacidade de disseminação do novo coronavírus, em cerca de 80% dos casos de contaminação, os sintomas aparecem de forma leve. Menos de 5% dos casos evoluem para um quadro grave.


A principal preocupação é com idosos e pessoas com doenças crônicas. Em infectados com menos de 50 anos, a taxa de mortalidade é de menos de 1%.


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