A ruindade que ora impera de maneira demasiada entre as pessoas foi vaticinada há milhares de anos. Na Bíblia Sagrada, por exemplo, é possível encontrar referências a este sentimento nos versículos e capítulos do Livro do Apocalipse. Para alguns se trata do ‘prenúncio do final dos tempos’, outros atribuem a uma qualidade dos perversos. Esta última interpretação talvez seja a mais coerente, pois não se justifica pelo ‘tempo’ determinados comportamentos perniciosos contra aquilo ou aquele com quem se vive.
Tem gente que é ruim porque gosta. Desejar e fazer o mal estão intrínsecos e provocam sensações de deleites naqueles desprovidos de humanidade e geralmente em alguns portadores de problemas psíquicos. Não interessa o prejuízo e a dor que o próximo venha a ter, o importante é destruir. O conjunto de maldade dos que praticam a ruindade envolve as mais diversas e nocivas ações desses indivíduos, principalmente aqueles que sempre escolheram ficar à margem das normas sociais estabelecidas.
Os que nunca foram machucados por alguma injustiça ou maldade praticada por alguém acham estranho o impulso da vingança. A vítima de crueldade é naturalmente adepta à ‘lei do olho por olho e dente por dente’ e da expressão ‘aqui se faz, aqui se paga’. Esta é a ótica do mundo onde deve se pagar o que recebe com a mesma moeda, ou seja, vencer o mal com o mal.
Mas...
Ledo engano dos que acreditam que a vingança é a sentença contra os praticantes do mal. A partir do momento que a vítima se comporta como o malvado a inversão de valores pode ser mais nociva, prejudicando assim a possibilidade da transcendência.
A verdadeira vitória é a que se vence com o bem.
“...A maldade humana agora não tem nome
Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
As dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não esqueça: Antes de levar ao forno
Temprerar com essência de espírito de porco...” – Os Anjos - Legião Urbana